30 de mar. de 2010

Semana da Páscoa

Nesta Semana irá acontecer muitas atividades referente a comemoração da Páscoa iniciamos com o Passeio do Pré Escolar onde tiveram algumas atividades artisticas como Dança, canto, pintura artistica facial, lanche especial e sorvete. Posteriormente postarei algumas fotos do coelhinho e dos doces... até

23 de mar. de 2010

PLANEJAMENTO 2010

Não importa aonde você parou... Em que momento da vida você cansou... O que importa é que sempre é possível recomeçar. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo... É renovar as esperanças na vida E o mais importante... Acreditar em você de novo”...
Carlos Drummond de Andrade
“Educar é um trabalho que requer a união entre a Escola, a Família e a Comunidade”
Quando chegam na escola, os alunos ávidos por conhecer o novo, de explorar as possibilidades. A tendência do aluno é sempre gostar do professor. Trata-se de uma experiência diferente e o que é diferente encanta, seduz. Compete ao educador manter essa chama acesa para que o sonho não esmoreça. Paulo Freire costumava dizer que o mais nobre papel do professor é de gerenciar sonhos.
E completava: “Professor é aquele que gosta de viver. Gostar de viver é essencial para quem tem esse nobre mister de educar. Professores, diretores, supervisores, funcionários, pais e mães... Educadores por excelência.
Personagens que devem atuar juntos num palco onde convivem artistas extremamente talentosos.” Professores deixam marcas indeléveis. Marcas que se perpetuam na memória e também no coração. Assim, que nesse ano cada mestre sinta no peito a mesma emoção do seu primeiro dia como professor. Por tudo isso, a todos aqueles que se dedicam ao instigante espetáculo da educação: uma excelente aula...Hoje e em todos os dias desse ano, que simboliza, nos dizeres do poeta, mais um “milagre de renovação!”

Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe, chegam aose destino mais depressa e facilmente porque elas se apóiam na confiança umas das outras. Lembre sempre: * Ética profissional – procure mantê-la; * Pontualidade * Compromisso * Entrosamento entre colegas de área se faz necessário, porém, nos intervalos e não durante as aulas; * Participação e empenho nas decisões coletivas do grupo, tendo postura comum e decidida por todos; * Respeito às opiniões divergentes dos colegas; * Avisar com antecedência a ausência e enviar o plano de aula completo; * Cuidar do visual da sala: cartazes velhos, murais despencando; * Plano de aula: Quem você está ensinando? Defina aonde quer chegar, o que a urma realmente precisa e o que é possível fazer; * Intervir sempre ; * Avaliação: observar o aluo nas áreas: Cognitiva: conhecimento e habilidades intelectuais Afetiva/comunicacional: interesses, atitudes, valores e oraliade.

Psico-motora: hábitos e automtismos; *Desenvolva atividades diagnósticas para adequar o planejamento à realidade de sua sala; * Dever de casa: cobrar muito do aluno; * Cobrar dos alunos asseio pessoal, na sala de aula, banheiros, bebedouros e etc; * Definir conteúdos a partir das Matrizes Curriculares; * Selecione os materiais pedagógicos necessários com antecedência para realizar as atividades; * Preveja o local das aulas; * Discuta regras de convivência em sala de aula; * Estimule o aluno semana após semana.Enfatize a importância de estudar e as exigências do mercado de trabalho;

A ESCOLA SOMOS TODOS NÓS. A FAMÍLIA E O ALUNO ACREDITARÃO EM NÓS SE FOMOS COERENTES NA PRÁTICA DO QUE ESTAMOS PROPONDO PARA NÓS MESMOS. FAÇA A DIFERENÇA. O CIDADÃO DO FUTURO ESTÁ EM NOSAS MÃO!!

19 de mar. de 2010

DEMOROU ... MAS CONSEGUI TEMPO PARA POSTAR

DESEJO DAR BOAS VINDAS A COMUNIDADE ESCOLAR NESTE ANO DE 2010 ESTAMOS ÁVIDOS POR EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIVAS. Recebemos nossos educandos com carinho bem como os pais que com certeza serão nossos parceiros durante este ano. deixo aqui uma mensagem de um Pensador:Rubem Alves o qual admiro e sou leitora assídua.
Cladmira-
Os Grandes contra os pequenos
Vou contar uma estória que aconteceu de verdade.
Sobre um menininho de oito anos, meu amigo. Passei, por acaso, na cidade onde ele mora. O avião chegou tarde. Seus pais foram me esperar no aeroporto. Enquanto íamos para casa perguntei:- e então, e o Gui, como vai?
– Ah! sua mãe me segredou, preocupada. Não vai bem não. Na escola. O orientador educacional nos chamou. Problemas de aprendizagem, desatenção, cabeça voando, incapacidade de concentração. Até nos mandou para um psicólogo. Fiquei surpreso. O Gui sempre me parecera um menininho alegre, curioso, feliz.
O que teria acontecido? Sua mãe continuou: - O psicólogo pediu um eletroencéfalo… Aí me assustei. Imaginei que o Gui deveria ter tido alguma pertubação neurológica grave, algum desmaio, convulsão… - Não, não teve nada, a mãe me tranquilizou. Mas o psicólogo pediu… Nunca se sabe… Até ele não aceitou o exame no lugar onde mandamos fazer. Pediu outro…
Fiquei imaginando o que deveria estar se passando na cabeça do Gui, pai e mãe indo conversar com orientador, entrevista com o psicólogo, depois aquela mesa, fios ligados a cabeça. Claro que alguma coisa deveria estar muito errada com ele.
Tendo visto tantos desenhos de ficção científica na TV, é provável que ele tivesse pensado que, quando a máquina fosse ligada, os seus olhos iriam acender e piscar como de luzinhas de diversões eletrônicas… Quando acordei, no dia seguinte, estranhei.
Não vi o Gui lá pela casa. Mas era sábado, dia lindo, céu azul. Com certeza estaria longe, empinando uma pipa, jogando bolinhas de gude, rodando pião, brincando com a mininada. Dia bom para vadiar, coisa abençoada pra quem pode. Pelo menos é isto que aprendi nos textos sagrados, que o Criador, depois de fazer tudo, no sábado, parou, sorriu e ficou feliz… - Não, ele está estudando. Foi aí que comecei a ficar preocupado.
Assentadinho, no quarto, livro aberto à sua frente. Nem veio me dar um abraço. Ficou lá, com o livro. Cheguei perto e começamos a conversar. E ele logo entrou na coisa que o afligia: - É tenho que fazer quinze pontos, porque se não fizer fico de recuperação. E isto é ruim, estraga as férias… Lembrei-me logo do ratinho preso na caixa. Se pular alto que chegue, ganha comida. Se falhar, leva um choque… seu pêlo fica arrepiado de pavor, com medo do fracasso. Ficou doente. Fizeram-no doente. Eu não sabia o que é que os tais quinze pontos significavam. Mas compreendi logo que eles eram o limite abaixo do qual vinha o choque.
O Gui já aprendera lições não ensinadas que o tempo se divide em tempo de aflição e tempo de alegria, escola e férias, dor e prazer…
E a professora ainda queria que ele se concentrasse, e gostasse da coisa… Mas como? A cabecinha dele estava longe, o tempo todo, pensando em como seria boa a vida se a escola também fosse coisa gostosa, Desatenção na criança não quer dizer que ela tenha dificuldades de aprendizagem. quer dizer que há alguma errada com a escola, e que a criança ainda não se dobrou, recusando-se a ser domesticada… Continuamos a conversa e ele começou a falar de uma forma estranha, que eu nunca ouvira antes. Vocês podem imaginar, uma criança de oito anos, falando de aclive e declive? Pois é, não agüentei e interrompi: - Que é isto, Gui? Porque é que você não fala morro abaixo e morro acima?- Mas a professora disse… Compreendi então. A pinoquização já se iniciara. Um menininho de carne e osso já não usava mais suas próprias palavras. Repetia o que a professora dissera… Fiquei pensando em quem é que estava doente: o menino ou a escola…
Claro que o ratinho tem de ficar de pelo arrepiado. Pois o choque vem… E eu pergunto se não está mais doente ainda quem dá o choque. Surpreendi-me com essa enorme e perversa conspiração entre a direção das escolas, os orientadores, os psicólogos. Todos unidos, contra a criança. O orientador, coitado, não tem alternativas. Se aliar a criança, perde o emprego, ele é o ideólogo da instituição, encarregado de convencer os pais, por meio de uma linguagem técnica, que tudo vai bem com a escola e que é melhor que eles cuidem da criança. - Até que ela não é má. Só está tendo problemas. Seria bom levá-la a um psicólogo… O psicólogo, por sua vez, fica atrapalhado. Que é que ele vai fazer? Desautorizar o diagnóstico de uma rara fonte de clientes? É melhor fazer um eletro. Fios e gráficos dão sempre um ar de respeitabilidade científica a tudo… Lembrei-me da velhíssima estória do cliente que chegava ao analista e dizia: - Doutor, tem um jacaré debaixo da minha cama!- Sua cama não está na beirada da lagoa, está? Então não há jacaré nenhum debaixo da sua cama. Volte para casa e durma bem… E assim foi, semana pós semanam até que o tal cliente não mais voltou. O analista ficou feliz. O tipo deveria ter se curado da estranha alucinação. Até que, um dia, encontrou-se na rua com um amigo do homem do jacaré. - Então, e o fulano, como vai? Sarou de tudo?- Mas o senhor não soube do acontecido? Ele foi comido por um jacaré que morava debaixo da sua cama… Há muitas escolas que não passam de jacarés. Devoram as crianças em nome do rigor, de ensino apertado, de boa base, de preparo para o vestibular. É com essa propaganda que elas convencem os pais e cobram mais caro… Mas, e a infância? E o dia que não se repetirá nunca mais? E os sonos frequentados por pesadelos de quinze pontos, recuperação, férias perdidas e palavras de ventríloquo? Escolas jacarés, que as crianças têm de frequentar, e quando começam a demonstrar sinais de pavor frente ao bicho, tratam logo de dizer que o bicho vai muito bem obrigado, que é a criança que está tendo problemas, um foco cerebral com certeza, neurologista, psicólogo, psicanalísta, e os pais vão, de angústia em angústia, gastando dinheiro, querendo o melhor para o filho… Quanto a mim considero que isso não passa de crueldade dos grandes contra os pequenos. Torturá-las agora, em benefício daquilo que elas poderão ser, um dia, se caírem nas armadilhas que os desejos dos grandes para elas armam… Não, Gui, fique tranquilo. Está tudo certinho com você. São os outros que deveriam ser ligados a fios elétricos até que os seus olhos piscassem como se fossem lâmpadas de brinquedos eletrônicos…
Retirado de “Estórias pra quem gosta de ensinar: O fim dos vestibulares”, obra de Rubem Alves