6 de jul. de 2009

G.E.M. NOSSA SENHORA DE FÁTIMA PROFESSORES ENSINO FUNDAMENTAL 2009: Lucila Brinkmann 4ª Série Liciane Fátima Telles 4ª Série Márcia Gonçalves 3ª série Vanderlei de Oliveira 2ª Série Dirlei Zarpelon Bettoni 1ª Série PROJETO LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS 1. Introdução A reflexão sobre o ensino da leitura e da escrita na escola é muito importante nos dias de hoje. Nesta reflexão é primordial analisar os fatores que impedem a formação de sujeitos leitores para que se possa apresentar caminhos de renovação e qualificação na prática pedagógica relativa a leitura e a escrita. A leitura sempre teve e tem um papel social de grande interferência na sociedade, mas enquanto haver educadores com caráter dominador o processo educacional será sempre excludente. O trabalho de leitura e escrita na escola tem por objetivo levar o aluno a analise e à compreensão das idéias dos autores e buscar no texto os elementos básicos e os efeitos de sentido. É muito importante que o leitor se envolva, se emocione e adquira uma visão de vários materiais portadores de mensagens presentes na comunidade em que vive, buscando sempre a democracia. Um trabalho de leitura e de formação de leitores precisa abordar tipos diversificados de textos e muita escrita, pois o mundo está em mudança constante e é preciso avançar de acordo com a tecnologia. 2. Problema No âmbito escolar percebemos que os alunos cada vez mais se afastam e desinteressam pela leitura e consequentemente apresentam erros ortográficos acentuado é aí que se questiona a prática pedagógica, o ensino e o incentivo da leitura em sala de aula e as propostas de ação que podem levar as crianças a se tornarem "Leitores e escritores competentes". Investir na formação de leitores é uma tarefa urgente. É preciso a postar que é possível ir muito além da alfabetização. No entanto quais são nossas ações imediatas como educadores e formadores? 3. Justificativa Ler é uma das competências mais importantes a serem trabalhadas com o aluno, principalmente após recentes pesquisas que apontam ser esta uma das principais deficiências do estudante brasileiro. Não basta identificar as palavras, mas fazê-las ter sentido. É preciso compreender, interpretar, relacionar e reter o que for mais relevante. Vivemos em uma sociedade letrada, isso significa que a leitura e a escrita assumem um papel fundamental na vida de todo ser humano, tendo em vista que, seus interesses, sua saúde, seus direitos e deveres, a sua cidadania encontram-se todos registrados. Isso significa que o homem marginalizado do mundo da lecto-escrita, perde um pouco de tudo isto é, perde um pouco de sua vida, um pouco de seus direitos como cidadão, perde muito de sua humanidade. Todos quando nascemos temos garantido previamente o direito à educação, mas é dever da sociedade (estado) que esta educação seja de qualidade, que vá de encontro aos interesses e necessidades de cada ser humano, bem como, que este desenvolva a compreensão do código gráfico e sua aquisição. O processo de aquisição da leitura e da escrita inicia-se bem antes do ingresso da criança na escola, já que a sociedade na qual está inserida utiliza-se de diversas formas de representação do mundo letrado: faixas, cartazes, propagandas, anúncios, jornais, revistas, tudo compõe o seu nível de conhecimento real. Na escola com a mediação do professor, sistematizando estes conhecimentos, ela passará ao domínio destes códigos e a significá-los. Este processo Vygotsky chama de pré-história da aquisição da escrita, constituído por uma apropriação progressiva, caracterizado pela ampliação cognitiva do processo de representação. A criança precisa perceber que é possível representar algo através de sinais que podem não ter nenhuma característica semelhante com o objetivo representado, através de letras, por isso a idéia de representação deve ser trabalhada logo no início do processo de alfabetização, a partir do que a criança já sabe. O professor deverá desenvolver atividades que explique o que a escrita representa seus valores, usos sociais e a forma de organização desse sistema de representação. Para isso o professor deve proporcionar à criança o contato com material escrito variado, possibilitando ações sociais de uso da leitura e da escrita, tentativas de leitura e o reconhecimento dos sinais específicos da escrita, além de manter em sala de aula o registro do alfabeto e materiais variados ao alcance da criança para seu manuseio. Assim, a leitura e a escrita como prática social faz a diferença para aqueles que dominam, tornando-os distintos culturalmente e socialmente. Público alvo Esse projeto tem o objetivo de transformar alunos de 6 a 14 anos, em bons leitores e escritores atentos. 4. Objetivos 4.1 Objetivo geral – Propor a reflexão crítica, sobre o trabalho que vem sendo realizado com a leitura e escrita na escola, apresentando sugestões práticas de trabalho para a leitura a fim melhorar a escrita e sua prática pedagógica que vem sendo realizada. 4.2 Objetivos específicos Estabelecer condições escolares para uma efetiva prática da leitura dentro da escola. Desenvolver no aluno a familiaridade com a língua e a escrita através de todo tipo de texto com diferentes leituras. Proporcionar o gosto pela leitura e também levá-los a perceber a importância desta na vida pessoal e social, transformando-a num hábito capaz de satisfazer esse gosto e essa necessidade. Levar a criança a compreender qual é a função social da escrita e também de que forma ela é representada graficamente. 5. Resultados esperados Que os alunos possam desenvolver e enfrentar as dificuldades presentes na sua fase escolar e no dia-a-dia. Que os mesmos possam expandir o que eles aprenderam para as outras crianças, jovens e adultos que ainda não tiveram acesso a esse mundo letrado e que não tem recursos para essa prática. 5.1 Produto final Livros, painéis entre outros trabalhos elaborados pelas crianças. 6. Recursos e meios para execução Palestra sobre a importância da leitura na formação de leitores na escola. Oficina literária: empréstimos de livros, trazer livros ou gibis de casa para sala de aula e realizar “troca troca” e organizar uma “gibiteca”; visitar diferentes bibliotecas com acompanhamento de professores e orientadores; Sala ambiente; Realizar atividades como: conversas informais sobre o uso das bibliotecas e a importância da leitura e escrita no cotidiano de uma sociedade (por que aprender ler e escrever?); Registrar opiniões das crianças sobre a importância da leitura e escrita fazendo com que eles elaborem novos conceitos; Utilizar a internet para pesquisas sobre o surgimento da escrita (paleografia); Organizar teatros com fantoches e dramatização; Elaborar produções coletivas e individuais; Elaborar gráficos e situações problemas sobre pesquisas realizadas; Trabalhar poesias e paródias em sala de aula; Jogos de leitura; Cartilha ou ficha da leitura; Manipulação de argila e construção de maquetes, fundamentados na releitura das histórias; Oficina de notícias; Visitar meios de comunicação; Prosas e narrativas; Contos orais e contos registrados; Entrevistas com educadores da área literária; (Infantil) Boas lições que aparecem nos gibis; Feira de livros na sala de aula e com demais turmas; Confeccionar livrinhos; Criar e expor painéis Exposição de trabalhos confeccionados pelos alunos, como estimulo as práticas criativas. 7. Cronograma Durante o ano letivo 2009 OBSERVAÇÃO: O projeto será desenvolvido de acordo com os conteúdos relacionados no plano de curso e as atividades de acordo com a série/ano. Referencial teórico As exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes e estão relacionadas às diferentes dimensões da vida das pessoas: ao trabalho, à participação social e política, à vida familiar e comunitária, às oportunidades de lazer e desenvolvimento cultural. O mundo passa atualmente por uma revolução tecnológica que está alterando profundamente as formas de trabalho e de interação, onde, numa economia cada vez mais globalizada, a competitividade desponta como necessária à subsistência humana. Sobre este prisma, torna-se oportuna a discussão sobre as formas de lidar com os novos tempos e, portanto, emergir o discurso sobre a qualidade de ensino nas escolas, atentando para a ascensão no nível de educação de toda população e detectando os fatores que possam atender às novas exigências educativas que a própria vida cotidiana impõe de maneira crescente no meio social. Neste sentido, um dos instrumentos imprescindíveis para uma formação geral e que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes, nesta sociedade em constante mutação, seria a prática de leituras e escritas variadas que promova, de maneira direta ou indireta, uma reflexão sobre o contexto social em que estão inseridas, uma vez que o movimento dialético da leitura deve inserir o leitor na história deste milênio e o constituir como agente produtor de seu próprio futuro. O exercício da leitura, tal qual se encontra atualmente legitimado nas escolas, não vai além de mera decodificação de signos gráficos, os quais são permeados de fragmentos de livros didáticos, para não fugir à regra imposta coativamente ao longo tempo da história do ensino em nosso país, servindo como fonte de disseminação de uma ideologia, a ideologia que vai ao encontro dos interesses dos detentores do poder: a massificação e formatação do conhecimento humano. As fracas experiências com a leitura afastam o leitor do contexto social e cultural, faz com que desconheça o que de mais profundo o homem pensou e escreveu sobre si, alienando-se das informações e, consequententemente obsta sua participação ativa e efetiva na sociedade em que está inserido. Por esta perspectiva, obvia-se a necessidade da formação de leitores, pois se percebe que sua participação no contexto social depende de sua visão de mundo, de seus valores, de seus conhecimentos, de sua reflexão e visão crítica, enfim, da leitura como instrumento do conhecimento. O desafio se encontra na necessidade da busca e implementação de mecanismos que propiciem a atração pela leitura na mais tenra idade, na fase da infância, em que a criança está descobrindo seu microcosmo, seu mundo, está despertando para a realidade subjacente e tentando participar desta realidade com suas novas fantasias e descobertas. Oportuno citar o que, já no século XVII, afirmava o filósofo John Locke: “(...) deve ser dado à criança algum livro fácil e agradável, adequado à sua capacidade, a fim de que o entretenimento que ela busca a motive e recompense”. A Escola insere-se neste contexto como instrumento hábil a implementar a leitura na Educação Infantil e Anos Iniciais, motivando os jovens leitores através de uma mudança de concepção, ou seja, transformando a leitura como algo agradável, fonte não apenas de informação, mas principalmente de lazer. Escola e Leitura No que se refere à Escola e aos objetivos da leitura ou ao “Para que ler na escola?”, pode-se afirmar que ainda não existe nos currículos conhecidos e analisados, uma concretização de um pressuposto geral básico, qual seja o da articulação entre a função social da leitura e o papel da escola na formação do leitor. Se dimensionarmos essa função social como sendo a necessidade do conhecimento e a apropriação de bens culturais, a leitura funciona, em certa medida, um meio e não um fim em si mesma. Daí a importância do papel da escola em relação à leitura, que é o de oferecer aos alunos mecanismos e situações em que eles “aprendam a ler e, lendo, aprendam algo”. Oportuna a citação: “A escola precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos culturais do povo, e ir além do ensinar a ler e a fazer as quatro operações. Precisa investir em bons livros, considerando que a cultura de um povo se fortalece muito pelo prazer da leitura; e a escola representa a única oportunidade de ler que muitas crianças têm. É necessário propiciar nas salas de aula e na biblioteca a dinamização da cultura viva, diversificada e criativa, que representa o conjunto de formas de pensar, agir e sentir do povo brasileiro.” (BRAGA,1985,P.7) A importância de se pensar a escrita Pequena história da escrita trata da importância da escrita na história da humanidade como meio de armazenamento e propagação de informações entre indivíduos através das informações. Graças a essa invenção, puderam ser preservados registros de acontecimentos sociais, políticos e culturais das civilizações mais diversas. Na realidade, a escrita foi um passo fundamental para a humanidade, não apenas por ser uma forma de registro da história, mas também por apresentar uma possibilidade de ler e interpretar o mundo. O surgimento da escrita marca o fim da pré-história e o começo da história do homem. O livro se inicia com o surgimento da escrita e segue abordando as inovações e mudanças trazidas por essa invenção, como os hieróglitos, os odeogramas, a influência do latim na criação dos alfabetos, o papel da imprensa, a revolução da informática e a criação do braile, entre outras. A leitura e a escrita na escola: Compromisso de todas as áreas? “Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e dono da própria vontade, de entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista.” Assim, ler é produzir sentido, é estar contextualizado no texto, interpretando-o e atribuindo-lhe algum significado. Portanto, torna-se importante a criação de situações para que o exercício da leitura e escrita produzam reações, interação, e construção de subjetividade e conhecimento, não servindo apenas como uma atividade meramente de cópia ou de decodificação dos sinais gráficos, alienando os alunos do contexto em estão inseridos. Sob este prisma, leitura e escrita como processo discursivo e de produção de sentido, se percebe que devem englobar todas as disciplinas e todos os níveis de ensino, onde através da apropriação do conhecimento historicamente constituído, o aluno esteja inserido nessa construção e produção do conhecimento como elemento nuclear. Dessa forma, não convém obrigar o público infantil a reproduzir exercícios de fixação, mas sim, proporcionar práticas de leitura e escrita em contextos significativos que estabeleçam uma estreita familiarização com todo um suporte de materiais escritos disponíveis: livros, jornais, revistas, publicidades, dentre outros recursos, de maneira a facilitar e permitir que o aluno observe, explore, questione, analise, critique, com base nos vários meios da escrita e leitura existentes na realidade circundante. É na leitura, escrita e reescrita de textos significativos, que ocorre a apreensão dos alunos das normas convencionais, sem que ocorra necessidade de memorização de uma infinidade de regras e exceções, próprias de nossa língua portuguesa. Bibliografia BRITO, Luiz Percival Leme . Jogos de Leotura. Série Idéias n.13. São Paulo: FDE,1994. GERARDI, João Wanderlei. Aura na sala de aula.Série Idéias n.5. São Paulo: FDE, 1988. MAGNANI, Maria Aparecida Ceravolo. Um salto necessário para a escola pública. Série Idéias n.13. São Paulo: FDE, 1994 ROCCO, Maria Thereza Fraga. A importância da Leitura na Sociedade Contemporânea e o papel da escola nesse contexto. Série Idéias n.13. São Paulo: FDE, 1994. ZIBERMAN, Regina. História e sociedade. Série Idéias n.5. São Paulo: FDE, 1988. ARRIGUCCI, Davi Junior. Entre o fascínio e o pensamento. Série Idéias n.13. São Paulo: FDE, 1994.

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